AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA LEITURA – A DIMENSÃO LINGUÍSTICO-COGNITIVA Lívia Suassuna (UFPE) Maria Clara Sobral Galindo (bolsista UFPE – PIBIC/CNPq) Neste trabalho, partimos da hipótese de que, na escola básica, a avaliação da leitura é reduzida a um trabalho de identificação de informações presentes na superfície textual, não se levando em consideração aspectos mais amplos da compreensão leitora. Nosso principal objetivo foi analisar, numa perspectiva teórica discursiva, o modo como o professor encaminha as práticas de avaliação da leitura em sala de aula, atentando, particularmente, para a dimensão linguístico-cognitiva. Analisamos as práticas procurando identificar quais delas favoreciam apenas a mera decodificação e quais estimulavam a ativação de esquemas mentais mais elaborados. Adotamos a perspectiva da leitura enquanto um processo de construção de sentidos, realizado por um sujeito-leitor ativo, que mobiliza diferentes estratégias e mecanismos cognitivos. Quanto à avaliação, esta é por nós entendida como uma ação diagnóstica e formativa. A pesquisa, de caráter qualitativo-indiciário, teve como campo de investigação duas escolas de Recife (PE), uma da rede estadual e outra de aplicação. Na estadual, observamos aulas numa 5ª série do ensino fundamental e numa turma de 1º ano do ensino médio; na de aplicação, vimos aulas numa turma de 1º ano do nível médio. Para a coleta de dados, utilizamo-nos de registros em diários de campo. Como esperado, encontramos práticas diferenciadas em cada grupo-classe – desde o professor que não costuma trabalhar a leitura em sala de aula até aquele que realiza um trabalho de leitura planejado, em que são explorados os mais variados gêneros textuais, visando à ampliação dos referenciais dos alunos.