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CORRESPONDÊNCIAS FORMAIS E SEMÂNTICAS EM PALAVRAS COMPLEXAS: UM ESTUDO COMPARATIVO NO ÂMBITO DE QUATRO LÍNGUAS ROMÂNICAS
Heloísa Macedo Coelha (UFRJ)
Nosso objetivo é verificar se no desenvolvimento das línguas românicas a partir do latim a combinação de uma dada raiz com um dado sufixo em uma das línguas tem correspondências morfológicas e semânticas regulares nas outras três línguas. O objetivo é contribuir para a distinção entre signo e computação. O que é listado, palavras ou morfemas? Com que peças computa a sintaxe? Em que ponto se aplicam as leituras semânticas? Existe um conflito: a teoria lexicalista concebe as palavras como um pacote fechado ao entrar na sintaxe; para a Morfologia Distribuída (MD), palavras são produtos da sintaxe. Este survey trará um argumento para este conflito. A previsão da hipótese lexicalista para a diacronia seria que as línguas-filhas herdassem o vocabulário da língua-mãe. Disso resultariam tabelas comparativas uniformes. A MD prevê que haveria diferença nas correspondências morfológicas e semânticas interlingüisticamente uma vez que as palavras provêm de concatenações de peças menores. Metodologia: seleção de um conjunto de sufixos ainda produtivos em português; para cada sufixo coletamos palavras comuns na mídia; classificação segundo a contribuição semântica do sufixo; a partir de palavras com um dado sufixo em português, traduções; tabelas comparativas a partir de cada sufixo. As tabelas mostram linhas regulares morfológica e semanticamente derivadas do mesmo étimo latino; linhas em que uma ou mais línguas empregam outro sufixo; linhas em que aparece(m) outra(s) raíz(es).
A diacronia usa morfemas e não palavras.
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