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AS METÁFORAS USADAS NA SALA DE AULA
Fátima Beatriz De Benedictis Delphino (IFSP) [Coordenadora do projeto de pesquisa “Metáfora e Educação.”]; Alunas pesquisadoras: Fabiana Jorge da Silva; Tâmara Rodrigues Ferreira; Jordana Romero Silva Motta; Romilda Bernardes Pereira; Wilson Shibuya (IFCT)
Este trabalho, realizado à luz da Análise Crítica da Metáfora - ACM - (Charteris-Black, 2004), estuda a linguagem metafórica utilizada por professores de diferentes áreas do conhecimento, no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Para Clandinin (1986), as metáforas comumente usadas na sala de aula emergem das experiências de professores e alunos e podem auxiliar na compreensão de fenômenos representados teoricamente pela construção social de significados. Lakoff e Johnson (1980) enfatizam o papel importante que a metáfora tem na vida diária, pois fazem parte dos nossos pensamentos e ações e não apenas da linguagem. O sócio-interacionismo (Vigotsky,1987-1988) é a base teórica deste trabalho, que enfoca a interação social e o instrumento lingüístico como elementos decisivos para o desenvolvimento do indivíduo. Também pretende-se investigar o fenômeno das chamadas metáforas clusters (Kimmel, 2010), metáforas freqüentemente formadas a partir de misturas ontológicas, aparentemente desprovidas de coerência e que não podem ser explicadas a partir de uma metáfora conceitual simples. A proposta apóia-se na metodologia de três estágios de Cameron & Low (1999a: 88) de identificação, interpretação e explicação, embasada na Lingüística Sistêmico-Funcional de Halliday (1985). A pesquisa analisa um corpus constituído de 30 000 palavras, que compõem as aulas de dez professores de diferentes disciplinas, gravadas e transcritas, acompanhadas pela análise de material usado em exibição de slides com auxílio de datashow, ou escritos em lousa.
Palavras-chave: metáfora; processo ensino-aprendizagem; construção social de significado; Análise Crítica da Metáfora.
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