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“EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS” DO PORTUGUÊS NO TÉTUM: UMA BREVE REFLEXÃO
Everaldo José Freire (PG ME - UFS)
Este resumo é um recorte de uma pesquisa de Dissertação de Mestrado, com auxílio da bolsa CAPES-DS, cujo propósito principal é estabelecer a relação entre os processos de construção de identidade cultural do povo leste-timorense e questões de políticas linguísticas a ele vinculadas. Poder-se-ia considerar como empréstimos linguísticos o imenso número de palavras de origem portuguesa na língua tétum? Há, pelos menos, o tétum terik e o tétum praça. Esta é a variedade de contato, um crioulo de base lexical leste-timorense e portuguesa e estrutura tipológica asiática, no qual são realizados os discursos falados e escritos. Escolheu-se o gênero do discurso Newsletter do domínio publicitário no suporte de mesmo nome enquanto materialidade linguística, analisado através da vertente sócio-cognitiva da ACD (VAN DIJK, 1998) em suas categorias analíticas: sociedade, cognição e discurso e da Lexicologia. Enquanto resultados, foram encontradas lexias, que embora se categorizassem como pistas semantizadas da identidade cultural, elas poderiam ser substituídas por noções existentes nas línguas locais e garantir, assim, uma unidade cultural, conforme analisou Guterres (2008), para que não se lexicalizem como empréstimos ou até mesmo estrangeirismos. Estudos que caracterizem os usos das línguas oficiais de Timor são importantes para implementação de políticas linguísticas para uma Nação caracterizada por diversos grupos sociais dotados cognitivamente de formas de conhecimento de mundo diferenciados refletidos em seus vernáculos maternos, definindo suas práticas sociointeracionais de forma que a mais de um grupo social possa pertencer o legado da identidade nacional.
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