A ORALIDADE EM SALA DE AULA
Darkyana Francisca Ibiapina (UFPI)



A oralidade, tanto quanto a escrita, merece lugar privilegiado nas aulas de Língua Portuguesa, espaço onde o aluno convive com interlocutores diferentes, o professor e os colegas, e por isso mesmo se torna ideal para o exercício consciente da linguagem. Assim, a Prática Pedagógica do professor de Língua Portuguesa precisa considerar, em suas atividades diárias, aspectos de ordem técnica, econômica, social, cultural, afetiva e cognitiva, que possibilitem a ampliação da competência comunicativa (oral e escrita) dos alunos. Diante desse enfoque, o nosso objetivo consistiu em avaliar, a partir dos depoimentos e da Prática Pedagógica de uma professora de Língua Portuguesa do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, a importância atribuída à oralidade em suas aulas. Para a realização deste estudo escolhemos a pesquisa etnográfica como método de investigação, por nos permitir documentar o que realmente acontece no espaço da sala de aula. À luz dos conceitos de Hymmes (1972 a), sobre competência comunicativa, dos estudos de sociolingüística educacional de Bortoni-Ricardo (2005), e das reflexões sobre Ensino de Português de Antunes (2003), procuramos descrever as ações do cotidiano de sala de aula que possibilitem ampliar as habilidades de comunicação oral dos educandos. Dentre outros resultados, percebemos que a maioria das situações em que os alunos se manifestam oralmente acontece a partir de discussões dos diferentes temas abordados pelo livro didático nas aulas de interpretação ou produção de textos escritos.