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A METÁFORA EM OTHON M. GARCIA
André Nemi Conforte (UERJ)
Comunicação em prosa moderna, consagrado livro do professor e crítico Othon Moacyr Garcia, é, sem sombra de dúvida, obra pioneira no que diz respeito aos estudos de Linguística Textual no Brasil – muito embora não se trate de uma obra sobre LT. Vários dos conceitos trabalhados desde sua primeira edição, em 1967, são até hoje retomados em livros didáticos, apostilas e toda uma já abundante literatura no assunto. Nosso objetivo específico é rever unicamente o conceito de metáfora tal como é tratado na obra capital de Garcia, procurando demonstrar em que pontos a visão do autor parece ter-se mostrado pioneira. Para tanto, confrontaremos alguns pontos de vista do autor em estudo com trabalhos mais ou menos recentes acerca desta que se considera a rainha das figuras de linguagem. Justamente para evitar discussões que talvez não mais interessem ao universo acadêmico, iremos focar, basicamente, obras que tratem deste tropo em bases discursivas ou sociocognitivas, adiantando que parte de nossas conclusões indicam considerável pioneirismo no estudo de Garcia, como ocorre nos momentos em que o autor “intui” ser a metáfora, para além de um adorno da linguagem, um recurso constitutivo da linguagem humana, presente em nosso cotidiano de modo muito mais natural do que se pensava. Consideramos, para esse confronto, de particular importância a contribuição de autores como Lakoff & Johnson (1980), Chiavegatto (2002), Lopes (1987) e Fiorin (2008).
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